domingo, 1 de setembro de 2013

Procura

Foto: Ana Mattos



Procura

Caço a poesia do tempo
 das folhas que voam com o vento. 

Se me perco em desatinos
me acho soterrada na poeira dos escombros.

O verso é meu berço
que desperta minh'alma
da dor que adormece.

Coleciono pedrinhas 
e desenho canteiros
onde meninos e meninas
brincam esquecidos das horas.

Encontro meu silêncio na curva do rio,
grito saudades, 
reclamo a dureza das tardes sem quintais.

A emoção então se faz 
na catarse das horas vadias
dispersa no olhar perdido 
daquilo que não se vê.


 


 
 


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