| Foto: Ana Mattos |
Procura
Caço a poesia do tempo
das folhas que voam com o vento.
Se me perco em desatinos
me acho soterrada na poeira dos escombros.
O verso é meu berço
que desperta minh'alma
da dor que adormece.
Coleciono pedrinhas
e desenho canteiros
onde meninos e meninas
brincam esquecidos das horas.
Encontro meu silêncio na curva do rio,
grito saudades,
reclamo a dureza das tardes sem quintais.
A emoção então se faz
na catarse das horas vadias
dispersa no olhar perdido
daquilo que não se vê.
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