domingo, 1 de setembro de 2013

Versinho desencantado

Não faço versos com príncipes encantados.
Meus óculos cor de rosa eram de plástico e se embaçaram.

Em meu conto de fadas
A varinha de condão
Desperta sonos profundos
E a imagem de meu espelho

É generosa em credibilidade.

Assim como quem rouba
beijos de sapos
Acordo para a dádiva de ser autêntica.

Eu faço versos como quem vive.

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